Repórteres fotográficos são agredidos por guardas em confusão dentro de estação do metrô
- Seguranças do Metrô Rio reprimiram jornalistas que acompanhavam o término de um protesto realizado no Centro do Rio de Janeiro terça-feira, 5. Os repórteres fotográficos José Cícero da Silva, da Agência Pública, e Matias Maxx, da Vice Brasil, registraram e relatam as agressões a manifestantes e profissionais de imprensa dentro da estação Uruguaiana.
Por volta das 19h, cerca de dez jovens que participaram do ato iniciado em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro se encaminharam para o Metrô, onde entraram em uma discussão acalorada com os guardas em frente às catracas. De acordo com Maxx, os rapazes “tentavam realizar um catracaço” e os fotógrafos presentes no local sacaram as câmeras para gravar o conflito.
Enquanto a confusão e a gritaria crescia, alguns seguranças deixaram os manifestantes de lado e voltaram a atenção para as lentes dos repórteres. “Eles partiram para cima de quem estava registrando o conflito. A todo momento exigiam, com bastante truculência, que os equipamentos fossem desligados - uma fotógrafa teve a lente danificada”, relatou Silva. “Dois fotógrafos, mesmo depois de se identificar, continuaram sendo agredidos e foram conduzidos até uma sala do metrô. Dali, foram conduzidos para a delegacia”.
Um dos profissionais “detidos” pelos guardas do Metrô foi Maxx. “Em minha carreira fotojornalística já vivenciei diversas cenas de brutalidade policial, mas nunca tinha visto algo tão bárbaro e covarde como a violência que os seguranças da concessionária Metrô Rio perpetraram contra jornalistas, manifestantes e passantes que não tinham nada a ver”, escreveu ele sobre a experiência. “A medida que os reforços iam chegando os seguranças atacavam com mata-leão um a um dos jornalistas, que não podiam sequer defender-se, pois estávamos mais preocupados em proteger nosso equipamento e, principalmente, as provas de tamanha covardia e agressão”.
Ao fim de quase cinco horas na delegacia, os jornalistas registraram ocorrência, denunciando os funcionários do metrô por agressão. Por meio de suas mídias sociais, a Anistia Internacional e a ONG Article 19 se posicionaram sobre o caso e condenaram as agressões sofridas pelos repórteres.
Fonte: Redação Comunique-se
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